Juliana Schulz, brasileira de descendência alemã e apaixonada pela arte do mosaico, vem desenvolvendo, já há alguns anos, esta forma tão antiga de expressão artística.

Seu interesse se deu pela junção dos cacos, que se faz através dos diversos tipos de materiais existentes, inteiros ou não: cerâmicas, azulejos, pedras, pastilhas, louças. Com o objetivo de transformar estes materiais, unidos de forma harmoniosa e graciosa, em uma nova arte: a arte do Mosaico!

Juliana relaciona essa arte de unir os cacos com o decorrer dos diversos momentos que passamos na vida em uma situação semelhante ao mosaico que quando quebrado, acredita que pode ser repaginado e transformado em algo melhor como um Renascimento que podemos definir como “A Poesia da Vida em forma de Mosaico!”.

O Êxodo além do físico-espacial: esta é a busca artística desta exposição, que tem a intenção de nos levar para nosso universo interno, que nos remete para outras realidades – a nossa imaginação, nosso êxodo mental.
Vivendo na grande cidade e sendo constantemente transportados para cenas na natureza: este é o contexto ilustrativo das personagens do artista Sé Cordeiro. O artista capta este deslocamento mental e o retrata em suas grandes pinturas, influenciadas por sua experiência como muralista.

Foram dez anos na cidade de São Paulo, com deslocamentos internos e espaciais frequentes, que inspiraram o artista, depois de uma residência artística na Amazônia peruana – a concretizar sua mudança para as montanhas, mais especificamente para a zona rural de Cunha – SP. Esta passagem e os frescos estímulos em seu novo lar também são retratados nas pinturas desta exposição; a qual celebra o movimento como principal combustível de seus impulsos criativos.

Sé Cordeiro é artista plástico e muralista. Iniciou sua jornada como artista de rua no ano de 2011 na Índia – onde viveu por um ano e meio, co-criando o movimento que consagrou o grafite como arte na capital do país. Idealizou e produziu em 2012, com o patrocínio da embaixada brasileira em Nova Delhi, o Projeto BRINDA (Brasil and India in Art), além de participar de festivais de arte na Índia, Colômbia, Peru e Brasil.

A exposição “Santos Devocionais: O Barro com Fé” apresenta esculturas em argila voltadas para figuras religiosas, provocando o encontro entre a tradição e a contemporaneidade ligadas pela fé.

A exposição é itinerante e deverá percorrer, além de São Paulo, Minas Gerais e Santa Catarina, outros estados brasileiros.

“O barro passa pelas minhas mãos e, agregado a vários materiais descartados como ferro, areia, parafina, entre outros, resulta em peças únicas e estilizadas. As peças não apresentam rosto nem mãos definidas. Por isso o gestual é valorizado através do olhar do observador a completar o meu trabalho.”

A proposta desta exposição reside na tentativa de resgatar a fé e a esperança de uma forma sutil, profunda e intensa.